sábado, 4 de julho de 2015

MEDO DA SOMBRA



"Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o Jeová, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as tuas mãos a teu irmão pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois, por isso, te abençoará Jeová, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a tua mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre da tua terra" (Deuteronômio 15:7-8, 10-11).

Hoje Deus iniciou um diálogo comigo na padaria. Esse diálogo terminou minutos atrás.
Na entrada da padaria, havia uma senhora com duas crianças, pedindo esmola. Comprei os pães para mim e minha esposa e pensei em algo que pudesse dar àquela senhora e aos seus filhos para comer, algo que fosse possível comer sem necessidade de bebida. Então comprei dois pacotes de pãezinhos de coco, bem docinhos e molhados. Quando dei a sacola com os pães àquela senhora, sua filhinha se dirigiu imediatamente ao embrulho, exclamando: Hummmmm!
Enquanto voltava para casa, pus-me a pensar naquela criança e em seu irmãozinho: sem oportunidades, malnascidos em todos os aspectos, sem liberdade e com cidadania fictícia, eles provavelmente serão usuários de droga e bandidos daqui a 10 anos.
Nós nos queixamos da falta de segurança, vivemos trancados em nossas casas e em nossos carros, não temos paz. O mundo inteiro vive sob o regime do medo: seja do usuário de droga, seja de bandidos ou de terroristas. Então culpamos os governos, cobramos deles maior segurança, mas nos esquecemos de nossa responsabilidade em toda essa desgraça que está ocorrendo no mundo.
Nossa sociedade é injusta. Não só a sociedade brasileira, mas todo o mundo. Temos desprezado os nossos pobres. São eles que nos impõem medo, assaltam-nos, matam-nos, tornam-se terroristas e nos trazem dor de cabeça. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! Tudo isso tem sido consequência de nossa omissão, desprezo, indiferença, ganância e materialismo. Nós estamos criando as pessoas que irão nos intimidar, roubar e matar. 
É fácil culpar os governos e as próprias pessoas que entram no mundo do crime. Difícil é assumir nossa responsabilidade nisso. Aqui não penso em organizações humanitárias, em grandes obras filantrópicas, mas na maneira como você remunera e trata a sua empregada doméstica, na maneira como você lida com os seus funcionários, na maneira como você trata o mendigo e se você se importa ou não com o problema que chega até você. Eu penso em pequenas coisas, que podem se tornar grandes.
Enquanto nossa sociedade permanecer assim, desobediente a Deus e individualista, desprezando os mais fracos, não haverá paz. O dinheiro que recusamos dar ao nosso irmão pobre teremos de gastar com cercas elétricas, portões elétricos, alarme, carros blindados, câmaras, seguros, etc. O que o mundo recusa investir em justiça social terá que obrigatoriamente investir na luta contra as imigrações e terrorismo.
Com a Palavra de Deus não se brinca. Deus conhece a consequência de cada coisa que nos proíbe e, por isso mesmo, nos proíbe. Igualmente se deve dizer acerca do que ele ordena.
Quero concluir citando o profeta Isaías: "Ah! Se tivesses dado os ouvidos aos meus mandamentos! Então, seria a tua paz como um rio, e a tua justiça, como as ondas do mar. Para os perversos, todavia, não há paz, diz Jeová" (Isaías 48:18,22).



Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.


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