sábado, 31 de janeiro de 2015

PAI NOSSO DAS FAMÍLIAS - Venha o teu reino

Querido Pai,
Tu és o verdadeiro Rei. Tu de fato governas todas as coisas. Pedimos-te, porém, que reines sobre a nossa família.
Pois embora sejas o único Rei, há muitos que não sabem disso e estão por aí, escolhendo quem os governe.
Queremos dizer, com nossa família, o que Josué disse: "Se vocês não querem ser servos do Senhor, decidam hoje a quem vão servir. Resolvam se vão servir os deuses que os seus antepassados adoraram na terra da Mesopotâmia ou os deuses dos amorreus, na terra de quem vocês estão morando agora. Porém eu e minha família serviremos a Deus, o Senhor" (Josué 24: 15).
Querido Pai, não permitas que o materialismo governe nosso lar. Vem, bondoso Pai, ajudar-nos a buscar em ti o essencial para nossa vida e que o supérfluo não nos torture, não nos roube a saúde, nem nos torne invejosos e ingratos. Que não busquemos riquezas materiais, mas uma fé vigorosa, que nos conduza à verdadeira riqueza. Que não queiramos viver uma vida de ostentação, mas uma vida interior de consciência sã perante ti. Que mesmo tendo pouco, não temamos a partilha. Que nossos filhos não tenham uma visão deturpada do sucesso, como se, para serem bem-sucedidos na vida, fosse necessário ser honrado, temido e ter muito dinheiro. Que ensinemos nossos filhos a buscar o sucesso de uma vida cristã fecunda, cheia de amor, ainda que pobre e anônima.
Querido Pai, vem defender nosso lar do mundanismo. Que aprendamos de ti a verdade. Pois o mundo ensina que cada qual deve ter sua própria verdade. Nada é objetivo. Tudo o que mundo apresenta é subjetivo e relativo. Que não baseemos nossa vida e a educação de nossos filhos em "verdades", mas na tua Verdade, expressa em tua Lei. Ajuda-nos a construir a casa de nosso lar sobre uma rocha firme. Não queremos erguer nossa casa sobre areia. 
Papai do Céu, ajuda-nos a não viver um ateísmo prático. Somos batizados e cremos em ti, graças ao teu amor e bondade. Mas ajuda-nos a viver-TE em nossa vida. Que aproveitemos a vida simples do lar, passeando, dialogando, viajando, mas de maneira tal que tu estejas permeando e dando sabor a tudo isso. Que não nos lembremos de ti somente nas dificuldades. Ajuda-nos a caminhar contigo. 
Bondoso Pai, em tudo isso, queremos te pedir que não sejas uma imagem a enfeitar a sala, mas que de fato venhas reger nosso coração e ser o verdadeiro pai desta casa, pois só assim seremos de fato felizes.
Que assim seja!






Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

domingo, 25 de janeiro de 2015

PAI NOSSO DAS FAMÍLIAS - Santificado seja o teu nome

Querido Pai,
Queremos muito que em nossos lares teu nome seja santificado. 
Somos teus representantes neste mundo. Por isso, queremos provar ao mundo que é possível viver uma vida santa e boa. Se falharmos, o mundo não terá mais nenhuma esperança.
Ajuda-nos, Pai, a viver de maneira tal que o mundo sinta esperança. Que cada lar seja uma igreja a proclamar, de maneira prática, o teu amor.
Tu sabes o quanto as famílias vêm sendo atacadas, sobretudo as nossas.
Por isso, Pai, intercedemos em favor dos jovens. Vem ajudá-los a buscar no matrimônio a única maneira de viverem sua sexualidade de maneira santa e plena. Que não agridam seu corpo e suas emoções através de uma sexualidade mal vivida. Que sonhem, mas não idealizem o casamento. Que busquem o matrimônio para amar de verdade uma pessoa de verdade.
Aos casados, querido Pai, concede que permaneçam firmes em seu propósito de amar um ao outro. Que as aflições fortaleçam esse propósito. Porque o amor verdadeiro não cresce nos momentos felizes, mas na aflição. 
Que os momentos de aflição unam os casais ainda mais, em busca de soluções. Que ninguém queira voltar para trás, nem abandonar o barco. 
Pior que sofrer é sofrer sozinho. Por isso, Pai, vem nos dar a graça de sermos cônjuges amigos.
Que as decepções sirvam para nos chamar à realidade. Vem nos ensinar o amor à realidade, não à mentira. Assim como nos amas na realidade de nosso pecado, ajuda-nos, como casais cristãos, a nos amarmos na realidade de nossa fragilidade e de nossas limitações.
Pai, ajuda os casados a não quererem sempre ganhar. Toda pessoa que ama, perde. Ninguém pode ser bem-sucedido em todas as áreas da vida. Ajuda-nos a perder para ganhar. Porque é muito nobre perder algo por amor. Ensina-nos o valor da renúncia.
Concede aos pais que sejam guardiões de seus filhos. Que os protejam das influências más deste mundo, enquanto eles ainda não têm maturidade para se protegerem. Concede aos pais que sejam vigilantes e que estejam atentos aos seus filhos. Que sejam seus evangelizadores. Que lhes ensinem o caminho do amor. Que os pais dialoguem com os filhos e que lhes sirvam de modelo.
Ajuda os filhos, bondoso Pai, a não desprezarem a sabedoria dos pais. Que não tenham que aprender na dor aquilo que poderiam ter aprendido no amor.
Vem transformar, bondoso Pai, nossos lares em santuários que guardem e adornem teu santo nome.
Que prefiramos sempre o caminho estreito do amor ao caminho largo do egoísmo. Finca em nossos corações as palavras de Jesus: "Pelo muito amor é que serão conhecidos como meus seguidores"
Amém!






Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

sábado, 24 de janeiro de 2015

PAI NOSSO DAS FAMÍLIAS


Querido Papai, 
Como é bom poder chamar-te assim. Tu és Rei sublime, cercado de glória eterna e habitas em luz inacessível. Mas também és humilde e estás sempre tão próximo de nós, que nada somos! Que graça é poder chamar-te de Pai. Não só de Pai, mas de Paizinho.
Obrigado por teres impresso em nós, homens e pais, essa imagem amorosa tua.
Amamos nossos filhos e deles cuidamos, porque tu nos amas e cuidas de nós. Somos pais porque tu és o nosso Pai. 
Tu deste a todas as tuas criaturas um instinto de proteção com relação aos filhotes. Mas somente nós, homens, somos capazes de amar, dentre toda a tua criação visível. Por isso, não somente temos um instinto materno ou paterno, mas amor incondicional por nossos filhos. E esse amor nos foi impresso como imagem tua, que nos amas de maneira incondicional.
Ajuda-nos, Paizinho, a amar nossos filhos de maneira semelhante à forma com que nos amas.
Assim como nos geraste com amor e ternura. Assim como velas enquanto dormimos. Assim como nos esperas, quando te deixamos. Assim como és paciente, tardio em irar-te e perdoador. Assim como nos educas. Assim como nos ouves atento e conosco choras, que aprendamos, Paizinho, a zelar pela vida de nossos filhos desde o ventre. Que sem murmuração os atendamos durante as madrugadas, em suas necessidades. Que tenhamos paciência com suas debilidades e imaturidade. Que os instruamos. Que estejamos mais presentes. Que os ouçamos. Que os perdoemos. Que participemos de sua vida.
Obrigado, Paizinho, por nos concederes a graça de sermos pais.
Quando amamos nossos filhos, sentimo-nos mais parecidos contigo.
Ajuda-nos, Paizinho, a ver também tua imagem paternal através de nossos pais, para que possamos amá-los e honrá-los muito mais. Que possamos ver o teu amor agir sobre nós  através dos pais que nos deste neste mundo. Afinal, tu nos trouxeste à existência por meio deles. Fizeste-nos crescer em todos os aspectos através deles. A tua Paternidade passa através da paternidade deles.
Aos que não tiveram bons pais neste mundo, ajuda-os a encontrarem em ti o amor que deveriam ter recebido. Que não fujam de ti por seres Pai, mas que encontrem em ti o pai que não tiveram. 
Obrigado, Paizinho, por estares perto.
Amém!





Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

SEGREDOS DE UMA ORAÇÃO PODEROSA


"Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem" (S. Mateus 7:7).

Deus é muito bom conosco ao nos ordenar que oremos. Equivale a ordenar que comamos, bebamos, que nos lavemos e que durmamos.
É tão bom poder desabafar com alguém, sem nenhuma reserva! Que alívio nos traz apresentar todas as nossas inquietações, erros, fracassos, sem temer rejeição ou julgamento!
Deus é discreto. Deus é o melhor ouvinte que existe. Consola-nos como ninguém, sem necessidade de palavra. Ele não nos rejeita nunca. Por isso Deus é sempre o melhor amigo.
Ele nos ordenou a oração, mesmo conhecendo nossas necessidades e desejos. Ele quer que falemos sobre coisas que ele já conhece desde a eternidade. Por quê?
A oração não é proveitosa para Deus. Nada é proveitoso para ele, pois Deus é suficiente a si mesmo. De forma alguma ele necessita de nós. Quando quer, torna-nos necessários. Mas somente quando quer. Entretanto, a oração é muito proveitosa para nós. A própria experiência nos ensina isso. Quem é que nunca orou por necessidade? Até mesmo os ateus oram, quando estão desesperados.
A oração nos é proveitosa porque através dela refletimos acerca de nós mesmos, damos vazão às nossas angústias, verbalizamos nossos sentimentos, organizamos nossas ideias, exercitamos a humildade e a paciência. Através da oração, reafirmamos a nós mesmos que temos Deus e que não confiamos em nossa força.
Deus também nos fala através dela. Enquanto oramos, os pensamentos tendem a se tornar mais claros e coerentes. O informe vai ganhando forma. As respostas socorrem nossas mentes angustiadas. De repente, começa a ganhar sentido o que antes não tinha. É Deus falando conosco através da oração!
Acredito que a oração desorganizada e entrecortada por silêncio, suspiros e choro seja a melhor oração, porque ali Deus está dialogando conosco. A nossa fala é cortada por pensamentos, lágrimas e gemidos, por meio dos quais Deus está a nos falar coisas preciosas. Esse falar de Deus nem sempre é claro, mas muito poderoso e transformador. É por isso que saímos da prece renovados e animados a continuar. Deus nos comunicou coisas que não podemos informar ou reproduzir, porque são sensações, impressões, discernimento, paz e sentimentos. Deus não precisa de palavras para falar conosco. Portanto, o que se dá numa oração muitas vezes é inenarrável.
Lutero disse o seguinte a respeito: "Muitas vezes acontece que, em alguma parte ou petição do Pai-Nosso, chego a delongar-me em pensamentos tão ricos, que deixo de lado as outras seis. E quando vêm tais pensamentos ricos e bons, deve-se deixar de lado as outras preces e dar lugar a esses pensamentos e ouvi-los em silêncio, não os impedindo de modo algum; pois ali está pregando o próprio Espírito Santo. E uma palavra de sua pregação é melhor do que mil orações nossas. Assim também, frequentemente, aprendi mais em uma só oração do que poderia ter conseguido com muita leitura e reflexão" (Uma singela forma de orar, para um bom amigo).
Portanto, a oração é para nós. Nunca para Deus! Definitivamente, ele não precisa nos ouvir.
Agora pergunto: Por que oramos tão pouco e por que é tão enfadonho?
Muito do cansaço que sentimos na oração está na sua artificialidade. Para orar, não é necessário que se tenha hora marcada ou local específico. A oração deve ser sempre voluntária e espontânea.
As orações também não precisam ser bonitas e teologicamente impecáveis. Temos que ser o mais sinceros e abertos que pudermos. Não deve haver essa preocupação quanto à escolha das palavras. Quem de nós fica escolhendo palavras para falar com um amigo ou com o pai? Com Deus, as palavras devem fluir naturalmente. Inclusive revolta, medo, desespero, dúvida e decepção não devem ser dissimulados. Tudo isso é muito conhecido por Deus e não devemos deixar de expor tais sentimentos em nossas preces.
Também não devemos nos ater a uma regra fixa ou roteiro. Por exemplo, primeiro glorificamos, depois agradecemos e, por fim, pedimos. Não há regras! Simplesmente fale ou pense livremente, na hora que quiser e o quanto quiser.
A oração não precisa ser longa. Uma oração curta, com uma dúzia de palavras, pode valer mais que uma noite inteira de vigília. Não devemos nos cansar com palavrórios, achando que nosso muito falar irá fazer com que Deus nos atenda.
"Nas suas orações, não fiquem repetindo o que vocês já disseram, como fazem os pagãos. Eles pensam que Deus os ouvirá porque fazem orações compridas" (S. Mateus 6:7).
Embora a oração não precise ser longa, é necessário que seja frequente. A vida cristã deve ser uma vida orante ou contemplativa, porque Deus está em tudo o que acontece. Ele se "esconde" ou se "revela" por meio de todas as situações cotidianas. Através das questões do dia a dia, Deus nos indaga, desafia e encoraja. Como responder-lhe ou questioná-lo? Orando!
Portanto, ao longo do dia, converse com Deus. Pare por alguns instantes, converse, reflita. Depois retome seu trabalho. 
Está no metrô ou ônibus? Retire os fones de ouvido e pense o quanto quiser, sem pressa para o "amém". Permita que os pensamentos venham. É Deus falando com você!
Sentiu algo bom? Agradeça! Aprendeu algo? Agradeça! Está angustiado? Vá para um canto e chore. As lágrimas também oram!
Não torne essas orações algo cansativo.  Fale ou pense o quanto você quiser, mesmo que muito pouco, mas ore sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). 
O silêncio também é fundamental e devemos buscá-lo. "Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai" (S. Mateus 6:5).
O silêncio exterior é incontrolável, mas o silêncio interior depende de nós. Portanto, é necessário que nos concentremos, enquanto oramos. Caso contrário, é melhor não orar.
Por fim e o mais importante: oração requer fé, ou seja, verdadeira confiança em Deus.  
"Por isso eu afirmo a vocês: quando vocês orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado" (S. Marcos 11: 24). 
É necessário crer que Deus de fato ouviu e confiar nele. Caso contrário, não descansaremos. Se a dúvida quanto a isso pairar, sugiro que a oração não seja concluída e fique em aberto. Assim, uma oração poderá demorar dias ou semanas, quem sabe meses. Não encerre sua oração com o "amém" sem ter certeza que foi ouvido.
Muito me impressiona o testemunho de Ana (1 Samuel 1:1-18). A Bíblia diz que ela orou em silêncio, enquanto as lágrimas caíam. No momento, porém, em que teve certeza que foi ouvida por Deus, enxugou suas lágrimas, voltou a comer e não mais se entristeceu. Eis um grande testemunho de fé! Ana descansou em sua certeza.
Quando finalmente tiver certeza que foi ouvido, diga "amém" e descanse.
Veja você porque fugimos tanto da oração, quando deveríamos, ao contrário, refugiar-nos sempre nela, cheios de gratidão. É que quando a oração se torna um exercício, uma obrigação ou obra meritória, deixa de ser voluntária. Tudo o que não é voluntário, não nos agrada, é maçante e não tem amor. 
Cuide para que sua oração não seja um sacrifício de obras. Deus só aceita um tipo de sacrifício: O sacrifício de louvor."O que me oferece SACRIFÍCIO DE AÇÕES DE GRAÇAS, esse me glorificará"(Salmo 50). Somente esse sacrifício o agrada, pois é movido por verdadeira gratidão. 
Tenhamos sempre em mente que Deus não quer palavras, mas contrição, confiança, boa vontade, gratidão. Enfim, Deus quer fé.
Vivamos pela fé. Somente ela dá sentido ao que fazemos.
Não tornemos a oração uma obrigação ou um fardo. Ela existe para nosso uso e bem. 
Quantas vezes um filho fez algo errado, o pai sabe disso, mesmo assim o provoca com alguma pergunta, como se não soubesse? Assim é Deus conosco. Ele sabe de tudo, mas ele deseja que saibamos também. E como nos provoca? 
Deixo esta pergunta e conclusão para você...





Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CONTRIÇÃO - Em memória de Leandro


Quero banhar-me nas águas límpidas
Quero banhar-me nas águas puras
Sou a mais baixa das criaturas
Me sinto sórdido

Confiei às feras as minhas lágrimas
Rolei de borco pelas calçadas
Cobri meu rosto de bofetadas
Meu Deus valei-me

Vozes da infância contai a história
Da vida boa que nunca veio
E eu caia ouvindo-a no calmo seio 
Da eternidade

(Manuel Bandeira)

domingo, 11 de janeiro de 2015

DEUS AJUDA QUEM CEDO... CONFIA!





"Por isso eu digo a vocês: Não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver, nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as roupas?" (S. Mateus 6:25).

Jesus está tratando nesse sermão sobre a necessidade da fé, para que possamos viver bem.
A fé verdadeira reconhece em Deus a origem e a manutenção da vida. Confia em Deus e nele descansa.
Será que essa fé está presente na maioria das pessoas? É certo que não, infelizmente.
Desde a revolução industrial, o homem tem depositado excessiva confiança em si mesmo. Deus passou a ser algo de pouca ou nenhuma serventia. Medicina avançada, produção sem precedentes de alimentos, aumento da expectativa de vida, dentre outras coisas que a industrialização trouxe, fizeram com que o homem se sentisse autossuficiente. Como resultado, as pessoas pararam de orar, ler a Bíblia e ir à igreja. Deixaram de lado os debates teológicos. Os governos se tornaram laicos. Valores cristãos deixaram de nortear a sociedade.
Entretanto, o homem continua essencialmente o mesmo: Frágil e pecador. Daí o sofrimento que temos testemunhado.
Jesus amorosamente nos ensina a confiar em Deus.
É ilusão acreditar que nossa vida depende de nós. Alguém poderia achar que tudo o que possui é fruto de seu trabalho, mas isso é ilusão.
Deus nos criou corpo e alma. Com o mesmo amor com que nos chamou à existência, também nos sustenta, para que continuemos vivos.
Todos os dias o sol nasce e se põe, sem que tenhamos que nos preocupar com isso. Igualmente, nunca nos falta ar para respirarmos.
Se trabalhamos ou estudamos, é porque ele nos dá saúde para isso.
É Deus quem derrama a chuva sobre a terra, faz a semente germinar e engorda o gado.
Deus também preserva nossas propriedades. Retirasse ele sua mão protetora por um dia e nada fugiria à barbárie, depredação e roubo.
Ver essa misericórdia divina a permear tudo o que existe e ocorre é libertador.
Quando o nosso trabalho deixa de ser um meio de subsistência e transforma-se em missão que recebemos de Deus, certamente resultará em melhores frutos e nos fará felizes.
Quando percebemos que nosso verdadeiro patrão é Deus e que dele nos vem o salário, podemos descansar profundamente, porque não há patrão mais generoso no mundo. Certamente nos dará tudo o que precisamos para viver, ainda que venham crises financeiras, carestias e desemprego. Sim, ainda que os montes se estremeçam, ele estará firme em seu propósito de nos amar e de cuidar de nós.

Quero concluir com o salmista: "Se o Senhor Deus não edificar a casa, não adianta nada trabalhar para contruí-la. Se o Senhor não proteger a cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando. Não adianta trabalhar demais para ganhar o pão, levantando cedo e dormindo tarde, pois é Deus quem dá o sustento aos que ele ama, mesmo quando estão dormindo"





Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.