sábado, 19 de junho de 2021

LOUVOR À SANTA LUZIA

Santa Luzia, 

teu firme passo

lesto movia-se 

ao régio paço.

Tarde tão fria

medo inspirava.

Santa Luzia!

Santa Luzia!

 

 


 

 

 Foste inquirida,

mas não negaste

a fé querida, 

que tanto amaste.

Quem, lisonjeiro,

te prometia

bens passageiros,

teu fim urdia.  

 

 

Tão resoluta,

tu recusaste

obra poluta

que te afastasse

do Deus eterno,

que merecia

amor sincero,

Santa Luzia! 

 

 

Virgem soldada,

dor enfrentaste.

Supliciada, 

não te calaste.

Teu corpo frágil

não demovia

a quem Pascásio

obedecia.

 

 

Teus pés pesados,

quais um penedo,

a mil malvados

causaram medo.

Pois que firmeza

tal sugeria!

Firme certeza,

Santa Luzia!

 

 

Flor delicada,

em pez fervida.

Com o fio da espada,

foste colhida.

Benta garganta,

que ainda anuncia

Palavra Santa,

doce Luzia!

 

 

 Essa garganta, 

que trespassada,

ao mundo espanta,

pois proclamava

o fim das trevas

da idolatria.

Santa Luzia!

Santa Luzia!

 

 

O Céu descortinou.

Teu casamento

um coro anunciou,

findo o tormento.

Ao Corpo e Sangue

de Cristo unias

teu corpo exangue,

Santa Luzia! 

 

 

Autoria: Carlos Alberto Leão

Poema baseado na Legenda Áurea (Jacopo de Varazze)

Imagem retirada da internet.

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