sábado, 21 de novembro de 2015

REFLEXÃO SOBRE O ARREPENDIMENTO E O PERDÃO DO SENHOR

“O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador, meu Deus é a minha rocha onde encontro o meu refúgio, meu escudo e força de minha salvação, minha cidadela e meu refúgio. Meu salvador, que me salvais da violência. Invoco o Senhor digno de todo louvor, e fico livre dos meus inimigos. Circundavam-me os vagalhões da morte, torrentes devastadoras me atemorizavam, enlaçavam-se as cadeias da habitação dos mortos, a própria morte me prendia em suas redes. Na minha angústia, invoquei ao Senhor, gritei para meu Deus: do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.” (II Samuel, 22:2,7).


Muitas vezes, quando nos fechamos em nós mesmos e tentamos nos reformar e santificar com as nossas próprias forças, acabamos frustrados e arrogantes, consequentemente cedemos às tentações do mundo, do acusador e procuramos ouvir os “sábios” deste mundo, erguemos um trono para nós mesmos e nos tornamos “juízes”; apontamos os pecados , erros e defeitos alheios. A fé, que tinha ficado para trás, se torna ideologia, mas quando paramos e nos damos conta de nossa situação, pela graça de Deus, tudo muda, tudo é renovado. “Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo?” (I Coríntios, 1:20). Quando paramos para ouvir os “argumentadores deste mundo”, somos tentados a nos desviarmos do caminho do Cristo e, por nossos próprios meios, tentamos criar nosso próprio caminho com os conselhos desses “sábios”. Quantas vezes não somos tentados por eles da mesma forma que nosso Senhor foi tentado na cruz: “Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”(São Mateus 27:40). 
Se desviarmos o nosso olhar do Cristo crucificado é certo que fugiremos da nossa cruz, ouviremos os falsos profetas, entregaremos o senhor por 30 moedas; nós o entregaremos com um beijo. Envolvidos no nosso manto de hipocrisia, sentados no nosso “trono”, que é edificado em cima da areia, julgamos tudo e a todos, colocando-nos acima do bem e do mal. 
Mas o senhor nos leva a reconhecer a nossa miséria: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” (São João, 8:7). “Ai de mim, gritava eu. Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com um povo (também) de lábios impuros e, entretanto, meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” (Isaías 6:5). 
O senhor nos ilumina com sua graça e vamos reconhecendo nossos pecados contra Deus e os irmãos; então clamamos a misericórdia do senhor. Éramos cegos e agora vemos. “Ele então exclamou: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim! Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: Filho de Davi tem piedade de mim! Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe: Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja. Jesus lhe disse: Vê! Tua fé te salvou.” (São Lucas, 18:38,42). O Senhor é bom e eterna é a sua misericórdia; ele não cansa de nos tirar da terra do Egito. Como é bom saber que o Senhor nos ama, nos guarda e nos guia pela mão como um Pai! Como é bom saber que somos perdoados! “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã.” (Isaías 9:1,3). Nosso fardo fica leve e descansamos no Senhor. Ele nos purifica e edifica, nos dá gratuitamente como alimento seu próprio corpo e seu sangue puríssimo: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.” (São João 6:51). 
Não há um bem na terra, prazer ou poder que possa substituir a alegria de se viver em comunhão com o Príncipe da Paz: “Verdadeiramente, um dia em vossos átrios vale mais que milhares fora deles. Prefiro deter-me no limiar da casa de meu Deus a morar nas tendas dos pecadores.” (Salmo 83:11). 
Para encerrarmos esta reflexão, peçamos a Deus de coração sincero para que cada vez mais nos entreguemos a ele, que o Senhor nos molde segundo sua vontade. “E, no entanto, Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos.” (Isaías 64:8). 

Autoria: Lucas Diego Ganzella da Silva.
Imagem retirada da internet.

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