sexta-feira, 27 de maio de 2016

ORAÇÃO: CAMINHO DE SANTIDADE

"E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (S. Mateus 6:5-6).




A oração, ao ser um instrumento de confissão acerca do que sabemos de Deus, torna-se poderoso instrumento de piedade. Ao conhecer a vontade de Deus, que está claramente revelada nas Escrituras, o cristão ganha confiança e perseverança em suas orações, como também se torna colaborador de Deus.
O marido, ao orar pela esposa e pelo matrimônio, preserva o matrimônio. Os pais, ao orarem pelos filhos, resguardam a família. O jovem, ao clamar a Deus por um bom casamento, mantém-se casto. E assim por diante.
É impressionante o poder santificador da oração. Enquanto aguardamos aquilo que indubitavelmente Deus quer e fará, obrigamo-nos a viver em santidade, não permitindo que algum pecado grave venha estorvar o projeto de Deus. É assim que oração se soma à vigilância.
Penso que a oração baseada na vontade de Deus tem preservado muitos casamentos e muitas famílias. Talvez seja esse poder santificador da oração um dos motivos pelos quais Deus retarda a sua resposta. Enquanto esperamos, somos levados à resistência, pois não queremos ser empecilho à obra de Deus. Enquanto resistimos, nossa fé é fortalecida, nossa carne é mortificada e, por conseguinte, avançamos em santidade.
A primeira coisa que devo concluir é que Deus quer. As Escrituras revelam com muita clareza a vontade de Deus para o gênero humano. Eu preciso ter essa convicção para que persevere em oração. Se eu não tiver tal certeza, em algum momento deixarei de orar. 
A segunda coisa que devo concluir é que, se Deus quer, acontecerá, mais cedo ou mais tarde, ainda que não viva o suficiente para ver.
A terceira coisa que concluo é que se Deus quer e irá acontecer, farei o que me for possível para não impedir a concretização da vontade de Deus. É assim que luto por manter o matrimônio, não abro mão de meus filhos, não desisto de meus projetos e prossigo ousadamente.
Então a oração se transforma em vida cotidiana, em "orar sem cessar", pois ora a Deus o marido que cuida da esposa doente por anos a fio. Também ora a Deus o jovem que se guarda casto para o casamento, resistindo às tentações da carne. É pura oração procurar um emprego, na convicção que Deus haverá de provê-lo. Ora também a mãe que trata docemente o filho que está longe do Senhor, muitas vezes dissimulando sua contrariedade. 
É pura oração viver enquanto se espera. Isto também é orar em silêncio, pois é silenciosamente que as obras mais lindas são realizadas, que as lágrimas são derramadas, que o olhar cansado se direciona ao céu estrelado, em busca de um sinal. É no silêncio da vergonha, do medo, da solidão e do desamparo, que somos ouvidos secretamente por nosso Deus. Em silêncio o cristão se propõe a viver, com base na esperança.
Por outro lado há aqueles que cedem à tentação do amargor e da murmuração. Estes não oram em silêncio, mas fazem muito barulho com seus queixumes; não vivem, não constroem, não colaboram com Deus, não se santificam. Dizem para todos que oram, mas já perderam o sentido da oração, que é nos firmar na vontade do Senhor.
Se você conhece a vontade de Deus, mas não a vê concretizada em sua vida, ore, espere, mas não se esqueça de caminhar. Caminhe silenciosamente na estrada que você já conhece.
Gostaria de concluir, parafraseando o que Jesus ensinou: "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e fechada a porta, VIVERÁS".

Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

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