domingo, 17 de setembro de 2017

E POR FALAR EM SANTA CRUZ...

Dia 14 de setembro é a data que a Cristandade reserva para a exaltação da Santa Cruz. Neste ano, a celebração se deu dentro de um outro contexto: a profanação da Santa Cruz pela exposição "Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", encerrada antes da hora devido ao seu teor fortemente agressivo não só contra a fé cristã, mas contra o patrimônio comum da moralidade. E se a finalidade de quem reuniu as obras da exposição é nos fazer pensar, que pensemos então, como cristãos que somos, em como nossa sociedade pagã vêm tratando os símbolos ou ícones. 


No mundo ocidental, cada vez mais tem crescido a aversão contra os símbolos ou ícones, que vêm sendo compreendidos como instrumentos de dominação e opressão. Cada símbolo ou ícone representa uma instituição e toda instituição é uma manifestação de poder. Entretanto, poder é visto de maneira preconceituosa, unilateral e pejorativa, porque é compreendido apenas como força coerciva e excludente. A família, o governo, a Igreja, todos os símbolos ou ícones sociais vêm sendo alvo de dura perseguição por parte de grupos que querem aniquilar toda e qualquer forma de poder. Em outras palavras, o poder é visto como um mal social, que deve ser combatido.
Filho se volta contra os pais, esposas contra os maridos, leigos contra ministros, alunos contra professores, cidadãos contra o Estado. Quem detém o poder é visto como inimigo e não como colaborador.
A Santa Cruz é um símbolo do verdadeiro poder. Diferentemente do que é propagado por muitos grupos, o poder não é uma força coerciva e excludente, mas serviço, o que a Cruz vem mostrar muito bem. Porque foi numa cruz que Deus serviu à humanidade na carne de seu Filho. Não nos forçou a nada, não excluiu ninguém, apenas usou o seu poder para vencer a morte e o inferno por nós e para nós.
As instituições em geral mais servem que coagem. Hoje, que sou pai, vejo que sirvo muito mais que obrigo. Todos reclamamos do governo, e com razão! Mas ai de nós se ele não existisse. A Igreja é vista como ícone de poder e dominação, mas é ela que nos serve na hora da morte, quando nenhuma ideologia terrena nos presta auxílio e estamos sozinhos. É ela que tem ido ao encontro dos enfermos e excluídos, não com uma nova ideologia, mas com médicos, professores, enfermeiros, medicamentos, pão e consolo. Um professor está servindo aos alunos com seu conhecimento, via de regra mal pago e desvalorizado pela sociedade.
Poder é um privilégio tão grande que muitos não querem. Os jovens não querem casar e ter filhos, não querem se envolver com a política, o que é estranho, pois muitos afirmam que poder é um privilégio e é do ser humano querer ser privilegiado. Então, por que não querem? Porque há um custo, que não querem pagar. Quem detém o poder é obrigado a servir e isso eles não querem.

Autoria: Carlos Alberto Leão.
Imagem extraída da internet.

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